PT ‘enquadrado’

Por 36 a 7, nesta sexta-feira de ultimato e dia final de convenções, o Partido dos Trabalhadores da Paraíba resolveu celebrar a candidatura do vereador Luciano Cartaxo como Vice do senador José Maranhão, além de acabar com a perspectiva de nova candidatura de Luiz Couto para o Senado, como quis uma minoria do PT.

O resultado certamente que não leva 100% do partido à luta com o PMDB e outros partidos da Frente de Esquerda, mas é percentual graúdo e suficiente para produzir do dia 6 em diante um casamento político de rua entre as duas legendas.

Pensando bem, por que será que o PT reluta tanto a construir o consenso? Perguntamos mais: de que valem os acordos internos, fechados na disputa, pois quando chega a hora de efetivar a praticidade isso não acontece?

Na verdade, o PT tem um perfil e cultura diferente de todas as legendas, até por ter sido forjada na elite do sindicalismo nacional-paulista com adorno intelectual dos professores universitários, daí a dúvida como elemento presente, às vezes beirando ao perfil dos que não honram o assumido.

Bom, do ponto-de-vista real, a partir desta sexta-feira o PT começa a construir um novo momento, pragmático, visando primeiramente reeleger Lula e na seqüência fazer o mesmo com Maranhão, Ney e os candidatos aliados na proporcional.

O esforço de hoje, através de Luciano Cartaxo traz consigo uma expectativa sobre como o presidente Frei Anastácio e demais lideranças vão conviver com a resistência de gente como Julio Rafael até para honrar o que agora é ‘prego batido e ponta virada’.

Na prática, não será tarefa fácil pois já tem gente da Juventude do PT defendendo a construção de Comitês Lula – Cássio, algo somente possível com a derrocada gradativa da esquerda nos movimentos estudantis com a ascensão na proporção inversa da elite (leia-se Fabiano Lucena, Efraim Filho, etc), como nunca se imaginaria anos atrás.

O fato é que, com ou sem comitê, o PT ratifica a ascensão de Luciano e prioriza o PMDB como aliado de lutas comuns a partir de agora.

Para Maranhão é um reforço fundamental de campanha.

Cássio animado

Já o governador Cássio deixou escapar nas convenções do PL, PP, PTB e outros que sai do processo de articulações com resultado mais positivo do que nunca, mesmo sem conseguir formar o Chapão

– Estamos com a unidade mantida e isso é fundamental – acrescentou.

Força paralela

A manutenção da aliança entre PL/PP/PTB mostra que há um grupo de deputados federais firme na defesa da sua própria sobrevivência.

Wellington Roberto, Enivaldo Ribeiro, Philermon Rodrigues e Damião Cavalcanti foram duros e vitoriosos nesse processo.

Última

“Pátria amada/ Brasil…”

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